Psicoeducação pais-bebê
Psicoeducação pais-bebê
Psicoeducação pais-bebê

Constitui-se importante fonte de angústia e sofrimento para os pais quando estes veem-se diante de uma dificuldade específica na interação ou relacionamento com o seu bebê, ou ainda quando se sentem incapazes de aliviar um sofrimento ou mal-estar que este demonstra. Tal situação pode desorganizar emocionalmente os pais, dificultando ainda mais sua relação com o bebê, impactando negativamente em seu desenvolvimento.

A psicoeducação pais-bebê tem sido uma das abordagens que vem sendo recentemente mais utilizada no tratamento dos distúrbios nas relações iniciais pais-bebê. Seu objetivo é melhorar a relação entre os pais e o bebê entre os 0 e 3 anos de vida, de modo que estes possam ir reconhecendo e compreendendo o que bebê lhes quer comunicar, empoderando-se novamente de seu papel, facilitando o desenvolvimento saudável do bebê.

O psicólogo traduz a comunicação do bebê, dando “voz” àquilo que ele não é capaz de expressar através de palavras, de modo que os pais possam compreender suas necessidades especificas. Compreendendo melhor o que seu bebê tem a dizer, suas necessidades e estados emocionais, os pais se reasseguram de suas funções parentais, podendo atuar com o bebê de forma mais tranquilizadora e asseguradora, o que facilita o desenvolvimento das capacidades do bebê em expressar seus desejos e necessidades de forma compreensível aos pais.

Sabe-se da importância dessas primeiras relações com os pais, ou com os principais cuidadores, para o bem-estar e bom desenvolvimento psíquico e emocional. Desta forma, é fundamental que os pais busquem ajuda o mais cedo possível para que possam agir de modo a prevenir o surgimento de dificuldades e entraves no desenvolvimento do bebê, promovendo seu fortalecimento emocional e psíquico.

Nesta modalidade de atendimento, é realizada uma avaliação inicial para que sejam verificadas as necessidades especificas do bebê e seus pais e traçado o projeto terapêutico. Esta avaliação pode ser realizada a partir dos 15 dias de vida do bebê. A frequência dos atendimentos, realizados sempre com o bebê acompanhado de pelo menos um de seus pais, será definida de acordo com a peculiaridade de cada caso, podendo ser semanal, quinzenal, mensal ou, até mesmo, semestral, e geralmente está atrelada a avaliação de vigilância do desenvolvimento infantil.

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